Rio de pequenas Áfricas e Paris tropical:

Reflexões sobre a importância da biopolítica na reconfiguração das geografias negras da cidade do rio de janeiro no início do século xx

  • Paula Fernandes Silva Mestra em Geografia, Professora Seeduc/RJ

Resumo

Vasta é a literatura sobre a primeira grande intervenção urbanística realizada na cidade do Rio de Janeiro. Recentemente diversos intelectuais têm se debruçado sobre a centralidade da questão racial para a produção do espaço urbano entendendo que as intervenções urbanísticas, tal como o pensamento geográfico do início do século XX, não estão isentas de racialização. Seguindo tais perspectivas, este artigo pretende abordar a biopolítica como ferramenta de análise do espaço urbano, refletindo sobre como os dispositivos do “poder de polícia” e “racismo de estado” operaram na tentativa de branquear a cidade do Rio de Janeiro. Remoção de habitações populares, posturas municipais restringindo a circulação de grupos indesejáveis e o policiamento na área central não foram suficientes para apagar as Geografias Negras da cidade do passado. Ao inaugurar a modernidade carioca da “Paris tropical” esta nova tecnologia de “fazer viver e deixar morrer” consolida outras territorialidades negras reconhecidas como Pequena(s) África(s).

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Publicado
2023-03-14
Como Citar
SILVA, Paula Fernandes. Rio de pequenas Áfricas e Paris tropical:. , [S.l.], v. 1, n. 21, p. 56-73, mar. 2023. ISSN 2317-8825. Disponível em: <https://revistacontinentes.revistacontinentes.com.br/index.php/continentes/article/view/345>. Acesso em: 20 nov. 2024. doi: https://doi.org/10.51308/continentes.v1i21.345.
Seção
Dossiê