As Heranças da Modernidade e o Cheiro da Mulher Negra:

A Ressignificação dos Aromas e a Cicatrização de Feridas

Resumo

Neste artigo buscamos [re]significar o cheiro da mulher negra. Inspirados a partir de Lélia Gonzalez, que “na boa”, fez a “voz do lixo ser ouvida”, ao longo do trabalho analisamos como a partir do cheiro do lixo, desde o Brasil Colônia, de forma paradoxal, os corpos negros vêm sendo desejados e ao mesmo tempo rejeitados. Em ambos os casos, mostramos que a perspectiva do animalizado e hipersexualizado, oriundos da modernidade, funciona como uma bússola que norteia a colonialidade do ser presente no nosso cotidiano, principal responsável pelas feridas que assolam diversas mulheres negras. Para desenvolvermos o trabalho, optamos em utilizar a metodologia de análise do conteúdo. Compreender o corpo da mulher negra a partir de herdeiros que cruzaram o Atlântico trazendo o cheiro da inteligência, da solidariedade e da intelectualidade é por nós considerado um importante passo para rompermos os grilhões da modernidade.

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Sobre o Autor

Graduado em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Licenciado em Geografia pela Universidade Cândido Mendes, Mestre em Sociologia e Direito pela Universidade Federal Fluminense e Doutor em Geografia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Atualmente, professor adjunto da Universidade Federal de São João Del-Rei e membro do Grupo de Pesquisa em Geografia Humana Aplicada (GHAP).

Publicado
2023-03-23
Como Citar
DA SILVA, Laís Gabriela; PIMENTEL, Ivan Ignácio. As Heranças da Modernidade e o Cheiro da Mulher Negra:. , [S.l.], v. 1, n. 21, p. 357-389, mar. 2023. ISSN 2317-8825. Disponível em: <https://revistacontinentes.revistacontinentes.com.br/index.php/continentes/article/view/351>. Acesso em: 20 nov. 2024. doi: https://doi.org/10.51308/continentes.v1i21.351.
Seção
Dossiê