O Eu enunciado como (re) existência na cidade
a literatura de Carolina de Jesus e o rap dos Racionais
Resumo
O fim da escravidão não significou a integração do negro em relações democráticas liberais; pelo contrário, a desigualdade racial tornou-se o ethos social, que se atualiza em tempos neoliberais. A construção do Ideal de Eu pautado na branquitude constitui para os afro-brasileiros um grande desafio. A colonialidade do poder fundamenta o racismo no mundo ocidental, havendo a necessidade de descolonizar as práticas e os currículos escolares. Este artigo busca refletir sobre o livro Quarto de Despejo – Diário de uma favelada, de Carolina de Jesus e o rap Negro Drama, dos Racionais MCs, em diálogo com a Geografia Crítica. Estes temas são parte das pesquisas realizadas numa geografia das desigualdades raciais. Parte-se do método dialético para pensar as potencialidades de uma educação libertadora, junto à juventude periférica, como base à enunciação do Eu como (re) existência.
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