Gigantesco Torvelinho
Resumo
Trata-se de um texto-paródia do poema-piada do escritor modernista Sérgio Milliet em comemoração aos 100 anos da semana da arte moderna.
Estufando o papo, o sapo-tanoeiro pulou, pulou, alcançou uma esquina.
Aí parado, deu de cara com a forma, ficou a lhe admirar.
Do outro lado da rua, um bicho doido gingava e bamboleava para lá e para cá.
Depois de muito admirar, o sapo-tanoeiro girou num pulo ligeiro e deu de cara com a coisa que não parava de se balançar.
Ruminou um tanto consigo, imaginou que o ente que rodopiava a sua frente não passava de um bicho pequeno, desvairado bailarino.
Diante disso, o sapo não quis nem saber, avançou em direção a coisa com a intenção de lhe abocanhar.
Quando o batráquio chegou mais perto, viu que o bicho bailarino não era nada de pequenino, mas um gigantesco torvelinho que, sem fazer muito esforço, arrastou o pobre cururu, nem deu tempo de o bicho se lamentar.
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