Por geografias das existências indígenas

  • Emerson Guerra UFRRJ- IM

Resumo

Ao refletir sobre as relações entre espaço e poder envolvendo a situação territorial dos povos originários nos deparamos, inevitavelmente, com complexas formas de dominação historicamente impostas. Desde a perspectiva dos povos indígenas, o sistema-mundo que aí está se tornou produtor e reprodutor de uma geografia que se impõe sobre outras geografias e que dita os caminhos de uma ordem/desordem mundial. Ela tem como esteio de seu percurso as bases filosóficas europeias e tem o Estado-Nação, junto com o sistema econômico capitalista, como o principal elemento de organização espacial. Essa dupla, Estado-Nação e capitalismo, que passa a ordenar os territórios, não se impôs de forma pacífica no curso da história da modernidade. O processo de construção da ordem/desordem mundial se deu em um processo longo, violento, de subalternização, de dominação dos povos e de seus conhecimentos, epistemologias, ontologias e trajetórias milenares de existências distintas.

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Sobre o Autor

 Doutor em Geografia pela Universidade Fluminense. Professor do Departamento de Geografia da UFRRJ-IM

Publicado
2022-10-19
Como Citar
GUERRA, Emerson. Por geografias das existências indígenas. , [S.l.], v. 1, n. 20, p. 243-248, out. 2022. ISSN 2317-8825. Disponível em: <https://revistacontinentes.revistacontinentes.com.br/index.php/continentes/article/view/405>. Acesso em: 20 nov. 2024. doi: https://doi.org/10.51308/continentes.v1i20.405.
Seção
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