Reflexões sobre a liderança na política de defesa do Brasil para o Atlântico Sul
capacidades, percepções e discursos
Resumo
Com base no realismo neoclássico, o artigo tem como objetivo analisar as dinâmicas político-securitárias no Atlântico Sul e a capacidade do Brasil agir e ser percebido como uma liderança em tal espaço geográfico. A hipótese do artigo é de que o Brasil não detém capacidades efetivas de atuação no Atlântico Sul e suas ações são insuficientes quando comparadas com grandes potências que exercem influências nesse tabuleiro, resultando na baixa percepção de liderança brasileira pelos países sul-atlânticos. Para testar essa hipótese, o artigo recorre à análise de documentos de defesa e de política externa do Brasil e de países sul-atlânticos (África do Sul, Uruguai, Argentina e Namíbia), bem como a dados sobre a cooperação em defesa. O artigo conclui que existe uma dissonância entre as percepções e as capacidades de atuação do Brasil no Atlântico Sul. Adicionalmente, verificam-se divergências entre países sul-atlânticos sobre a importância desse espaço geográfico.
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